***meninas importante para vcs saber !!! Tire as suas dúvidas sobre o HPV e a vacina contra o vírus***
O HPV (Human Papillomavirus) é geralmente transmitido durante o ato sexual, mas pode também ser transmitido através do uso de peças íntimas molhadas e contaminadas, tais como, toalhas, ou mesmo pelo contato direto da mão infectada pelo HPV em áreas predispostas. Após o contato com o vírus o organismo poderá desenvolver mecanismos de defesa para impedir que a infecção se instale e o vírus entre nas células do corpo , onde passa a se replicar, causando a infecção.
NEM TODAS AS PESSOAS QUE ENTRARAM EM CONTATO COM O VIRUS IRÃO DESENVOLVER A INFECÇÃO.
Uma vez adquirida a infecção ela poderá aparecer na forma de verrugas ou permanecer invisível ao olho nu e só ser detectada através de exames especiais, tais como a coleta da citologia vaginal e o estudo das células ou do tecido contaminado obtido pela biópsia (retirada de um fragmento de pele ou mucosa). Mais recentemente vários testes foram desenvolvidos para detectar a presença ou não do vírus no corpo, mas isto não significa obrigatoriamente que ele esteja presente também nas células.
Após infectar o organismo desenvolve vários mecanismos para destruir o vírus. Em mais de 80% das vezes o vírus é totalmente destruído e desaparece do local infectado. Em 20 % ele pode ficar imperceptível por anos, e em menos de 5% das vezes ele pode evoluir provocando o câncer, mais comumente no útero, e mais raramente na vagina, pênis, e garganta.
Como evitar o vírus do HPV?
A melhor forma de evitar o vírus é usando SEMPRE o preservativo. Esta é a melhor forma de não só evitar o CONTATO com o vírus do HPV mas tambem com as outras doenças tão graves ou mais, tais como o HIV ( síndrome da imunodeficiência adquirida), a gonorréia, a sífilis, a hepatite , a clamidiea, a gardnerella, etc.
Como saber se estou ou não contaminado pelo HPV?
A melhor forma de fazer o diagnóstico do HPV é através da coleta da citologia vaginal oncótica. Este é um exame simples que foi desenvolvido para detectar o câncer do colo do útero, mas serve também para diagnosticar outras infecções, tais como a candidíase, tricomoníase, a vaginose bacteriana, etc.
O que fazer se o exame der positivo para o HPV?
Se o exame de citologia oncótica revelar que as células foram contaminadas pelo vírus do HPV, a mulher deve prosseguir na investigação, e para isto deve fazer um exame chamado colposcopia, que nada mais é do que olhar a vagina e o colo do útero com uma lente de aumento e se necessário retirar um pequeno fragmento do tecido (biópsia) para análise no microscópio. Se der positivo, deve-se prosseguir na investigação, fazendo aos exames mais específicos para detectar qual o tipo de vírus do HPV que causou a infecção.
Atualmente sabemos que a maioria das infecções causadas pelo HPV curam-se espontaneamente em 2 anos. Por isto, independente do tipo detectado, se a lesão for invisível a olho nu, pode-se aguardar, apenas repetindo o exame a cada 3ou 6 meses.
Se a lesão foi causada pelo grupo 6 ou 11 ela evolui normalmente para um tipo de verruga (condiloma) que pode ser facilmente visualizado e tratado com agentes químicos ou térmicos. Se a lesão for causada pelos tipos 16 ou 18 ela pode, em 5% dos casos, evoluir para NIC 1, NIC 2 , NIC 3 ou mais raramente para o câncer do colo do útero, e nestes casos ela precisa ser tratada. O tratamento pode ser a retirada do tecido contaminado ou a destruição do tecido, com a cauterização ou o laser.
MAS MESMO A INFECÇÃO CAUSADA PELO VIRUS 16, E MAIS RARAMENTE O 18, LEVAM EM MÉDIA 10 ANOS PARA EVOLUIR PARA O CÂNCER DO COLO DO ÚTERO, POR ISTO, É TÃO IMPORTANTE FAZER O EXAME DE PREVENÇÃO ANUALMENTE OU A CADA 2 ANOS.
Quais os lugares mais frequentes para se adquirir a infecção do HPV?
Geralmente a vagina, o colo do útero, a vulva (pequenos lábios, grandes lábios, períneo) e o ânus. No homem, o local mais frequente é o pênis, saco escrotal e ânus. Mais raramente pode ser encontrada na garganta e amígdalas.
O que a vacina do HPV previne?
As duas vacinas atualmente existentes no mercado previnem apenas contra os vírus 16 e 18 (principais responsáveis pelo câncer ). A vacina quadrivalente também evita a contaminação contra os tipos 6 e 11, que causam as verrugas e/ ou os condilomas.
Todo mundo deve tomar a vacina?
Sabe-se hoje que o ideal é vacinar as meninas e os meninos pouco antes de iniciarem a vida sexual. O que se discute é a idade em que deve ser dada a vacina. Quanto mais próximo do inicio da vida sexual melhor.
Quantas doses da vacina é preciso tomar?
São 3 doses. Existem 2 tipos de vacina , A vacina que previne contra 4 tipos de vírus e a vacina que previne contra 2 tipos de vírus. A primeira deve ser aplicada com intervalos de 2 meses entre a primeira dose e a segunda e 6 meses após a primeira dose. A segunda, só antecipa um mês a segunda dose.
Qual a idade para tomar a vacina?
O ideal é antes de iniciar a vida sexual, mas qualquer pessoa que quiser, ou for reiniciar a vida sexual com novos parceiros pode ser vacinada
Porque o governo está vacinando apenas meninas de 11 a 13 anos, e só com duas doses?
Esta é uma estratégia para economizar e viabilizar a vacinação num determinado grupo da população, mas a maioria dos especialistas orientam que, se os pais puderem e quiserem, devem dar a segunda dose após dois meses da primeira e depois tomar a terceira dose novamente na campanha daqui a 6 meses.
A vacina é eficaz? Ela previne o HPV?
A vacina é eficaz APENAS contra os vírus do HPV para os quais ela foi desenvolvida, ou seja o vírus 16 e 18 nas duas vacinas e o vírus 6 e 11 na vacina quadrivalente. Embora ela não previna contra todos os tipos de vírus do HPV ela evita os tipos mais graves do vírus, e previne a forma mais comum de câncer do útero
Quem tomou a vacina pode ficar tranquilo de que não terá o câncer?
Não. Quem tomou a vacina deve continuar todos os anos a fazer o exame ginecológico e a coleta da citologia vaginal oncótica (Papanicolaou), pois somente desta forma terá a confirmação de que não só não tem câncer, como também não tem outras doenças, tais como o HPV, gonorréia, candidíase, etc.
Dra. Mara Diegoli
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