Sua filha vai ao ginecologista pela primeira vez? Veja como lidar !!!
Para a psicóloga Fernanda Mion, não há uma idade certa para levar a menina ao ginecologista, mas agendar a primeira consulta entre a puberdade e a adolescência é interessante. “Não só pela questão sexual, mas pela saúde e orientação médica”, explica. Ainda de acordo com ela, é importante que a mãe leve a filha ao consultório. “Porque transmite essa segurança”.
A profissional ressalta também que os pais não devem ter medo desse processo, pois ele não serve de aval para que a garota passe a ter relações sexuais. Fernanda também ressalta: “se a filha quiser iniciar a vida sexual, não vai ser a permissão (ou a falta dela) que fará diferença”, diz.
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Prepare-se
A psicóloga orienta que é papel da mãe passar tranquilidade para a filha, deixando claro que a consulta não é nenhum bicho de sete cabeças. “Se é uma mãe que normalmente vai tranquila, com a ideia de que é importante para a saúde e a prevenção, e lida com isso calmamente, provavelmente vai passar isso para a filha. Já se a mulher fala mal das consultas, como se tivesse medo delas, também passa isso para a menina. De uma forma ou de outra, a mãe serve de exemplo”, pontua.
No consultório
Entrar ou não entrar com a garota na primeira consulta? Para a ginecologista Carla Muniz P. de Carvalho, essa resposta vai depender de cada relação. Afinal, a companhia pode ajudar ou atrapalhar muito o trabalho do médico e a liberdade da adolescente. “Muitas vezes, a presença da mãe transmite segurança a filha e ajuda nos questionamentos do médico. Por outro lado, se a menina não quer que a mãe saiba que iniciou vida sexual, atrapalha. Percebo que muitas mães têm deixado as filhas entrarem sozinhas, pois preferem que sejam orientadas adequadamente em relação a métodos contraceptivos, Papanicolau e DSTs”, destaca a médica.
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A psicóloga Fernanda frisa que a presença da mãe deve ser muito bem conversada. “Você não pode se magoar caso a filha decida ficar sozinha com o médico. Às vezes, a mãe acha que se a garota prefere ir sozinha é porque já iniciou sua vida sexual, mas não necessariamente”, revela. De acordo com ela, há outros problemas que a nova paciente queira relatar com privacidade, como corrimentos vaginais que nem sempre estão ligadas a relações sexuais.
Outra dica da ginecologista é perguntar se a presença da mãe é ou não desejada. “Isso vai estimulando sua autonomia, mas sem forçá-la a nada. Quando a paciente souber que a ginecologista vai acompanhá-la por todas as fases de sua vida, facilita que ela se sinta à vontade e encare o exame ginecológico como algo natural na vida de uma mulher”, explica. Para ela, também é fundamental manter um canal aberto para que a adolescente volte ao consultório sempre que precisar com ou sem a mãe. “O sigilo médico será sempre respeitado, independentemente de sua idade”, afirma.
Beatriz Coppi
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