Aliado da pele bonita: especialista conta tudo sobre o ácido retinóico

   

Se você está em busca de uma pele bonita e jovem ou costuma ler a composição dos seus cremes, deve ter se deparado com o ácido retinóico. Mas qual é a função desse ativo? Derivado da vitamina A, ele tem sido amplamente utilizado na medicina para tratamento de doenças como acne, melasmas, estrias e também no combate ao envelhecimento precoce da pele. “De uma forma simplificada, o ácido retinóico aumenta a velocidade de renovação celular da pele, e traz como benefícios um aspecto mais claro e uma textura mais lisa, com menos rugas e lesões inflamatórias (acne)”, diz o Dr. Rui Filho, especialista em medicina estética.
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Mais benefícios

Ácido retinóico age diretamente na renovação celular da pele. Foto: Voyagerix / Thinkstock 
Em forma de creme, gel, fórmula manipulada ou industrializada ou peelings, o ácido pode combinado com as mais diversas substâncias para o tratamento dos mais diferentes problemas de pele. É um potente agente rejuvenescedor e, por isso, é uma importante arma na guerra contra o envelhecimento precoce, prevenindo o aparecimento dos primeiros indícios da idade, como rugas finas, manchas e pele opaca e sem vida.
Pensa que acabou? Ele também é usado para suavizar manchas escuras, tanto do rosto quanto do corpo e neste último caso também com ótimos resultados no tratamento das estrias, tanto recentes (avermelhadas), quanto antigas (brancas), que se tornam menos evidentes e com aspecto mais agradável.
Seus efeitos colaterais são restritos. “Vermelhidão, ressecamento e prurido (coceira), que podem ser controlados com a diminuição da frequência de uso do produto e de agentes hidratantes e calmantes”, afirma o médico. Naturalmente, uma pele bem cuidada exige também alimentação e sono corretos, fatores fundamentais para o sucesso completo.
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Beleza sem excessos

Permitido para todas as peles, mas por tempo determinado. Foto: Fuse/ Thinkstock
Ele pode ser aplicado nos mais diversos tipos de pele, desde a oleosa e acnéica do adolescente até a pele fina e fotoenvelhecida da mulher na terceira idade. Para isso, conhecer os limites, seus e do produto, torna a relação mais saudável e proveitosa. Segundo o Dr. Rui “ele pode ser utilizado durante toda a vida do paciente, contudo, deve-se respeitar o período máximo de uso, que de uma forma geral é de três meses, necessitando de alguns intervalos para retomada do tratamento”.
Como de praxe, o uso do ácido retinóico também tem suas exceções. “Pessoas com pele muito sensível, que apresentam pequenos vasos na face, ou têm alergia ao ácido retinóico não devem usar essa substância. Mulheres grávidas e em aleitamento materno também estão proibidas de usá-lo, bem como as crianças”, alerta o profissional.
O melhor emprego
Por ser um ácido, seu uso requer cuidados especiais quanto à aplicação. O médico recomenda: “deve ser aplicado somente à noite, pois é fotossensível e fotossensibilizante, ou seja, não pode ser exposto ao sol. Como complemento do tratamento com ácido retinóico, o uso de protetores solares durante o dia é obrigatório, FPS 60, no mínimo. Dessa forma, previne-se o aparecimento de manchas causadas pela exposição da pele sensibilizada ao sol”.
O ácido retinóico só é disponibilizado à venda com receita médica, tanto para fórmulas manipuladas quanto para compradas em farmácias. “Todos esses benefícios devem ser acompanhados por médico especialista, que fará o diagnóstico correto e prescreverá a melhor opção para cada paciente”, esclarece o Dr. Rui.

Marcell Filgueiras