Você vive comparando o atual com o ex? Saiba as consequências disso Especialista revela prós e contras e ainda dá dicas para lidar com o antigo parceiro
O melhor do comportamento do ex é o que deve ser sugerido para o atual. Esqueça características pessoais. Foto: Ryan McVay / Thinkstock
Não tem jeito, a comparação é inevitável. Ela é importante para você registrar o que quer e o que não quer do novo parceiro, entretanto, ao fazê-la, esqueça a pessoa do ex-namorado e atenha-se apenas ao que você gostava nele. Por exemplo, se ele era gentil, e essa qualidade te deixava feliz, o mais sensato é buscar isso nas próximas relações. “Nesse caso, você deve comunicar o quanto um parceiro gentil te faz bem, e não falar como essa característica era uma das melhores no ex”, diz a terapeuta sexual Ana Canosa.
Parece simples, mas é um verdadeiro exercício, principalmente durante
uma briga. É fundamental não deixar que essa comparação seja verbalizada
em uma discussão, por exemplo: “meu ex fazia isso e você não faz”. Essa
atitude, além de diminuir o atual, só gera raiva, fazendo com que o problema em questão apenas se potencialize. Mais uma vez, o comportamento
é o que tem que ser selecionado como padrão, não o antigo parceiro.
Isso provoca frustração no novo namorado, que pode nunca se achar aos
pés do anterior. E é bem difícil uma relação dar certo quando uma das
partes vive insegura.
E o vento levou...
O homem que você idealizava como perfeito aos 18 anos pode não atender às expectativas da mulher que você é hoje. Foto: patronestaff / Thinkstock
Se na adolescência você queria um romântico, depois dos 30 ele pode não ser mais tão interessante, ou seja, as características do homem dos seus 18 anos talvez não atendam a mulher que você é hoje. A vida e as expectativas são mutáveis ao longo do tempo, principalmente por conta do aprendizado, por isso, não é legal criar fantasias. “É imprescindível estar ciente de que ninguém vai ser 100%, sempre vão haver altos e baixos. A saída é fazer um balanço para a vida atual com o melhor de ambos os relacionamentos”, orienta a terapeuta.
Cuidado também com as expectativas, tanto as boas quanto as ruins. Segundo Canosa, se o ex-namorado a traiu, você não deve trazer para relação atual o medo de ser traída. Isso não pode virar um fantasma na vida a dois. A pior consequência para a mulher comparativa compulsiva é a constante sensação fantasiosa de incompletude. Espera-se que isso se dilua com a maturidade, quando perceberá que ao contar a história dos seus relacionamentos passados, irá falar “como fulano era ótimo para conversar, já beltrano, era melhor no sexo, etc.”.
Dicas para lidar com o ex
Se você mantém o ex por perto, pode gerar insegurança no atual. Tome uma decisão. Foto: Preto_perola Thinkstock
- Se ele está sempre por perto, ou ainda é muito próximo de você, saiba que isso pode ser uma ameaça à sua relação. Você tem que tomar uma decisão, se afastar um pouco, pelo menos até que o atual tenha total segurança para lidar com a situação.
- Não fique falando do seu antigo parceiro no intuito de gerar ciúmes no atual. “Mulher adora falar de ex para estabelecer ciúmes. Isso é péssimo, e só gera competição, raiva e em alguns casos, até reações de violência. O ciúme não pode ser prova de amor”, frisa Ana.
- Guarde suas fotos e recordações dos relacionamentos passados só com você. Ponha essas memórias em uma caixinha (ou deixe apenas na sua lembrança) e evite dividi-las com seu namorado ou com outras pessoas quando ele estiver perto, para não provocar situações embaraçosas.
- Você ia gostar de ver seu namorado todo participativo nas redes sociais da ex dele? A maioria dos casais não suporta isso. Sendo assim, mantenha comentários e curtidas em um nível mais superficial. Você não precisa “bater ponto” em tudo o que o antigo posta. “A não ser que o seu atual seja um poço de paciência”, observa a especialista.
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