Aprenda cinco técnicas para melhorar sua memória Especialista aponta os principais vilões da mente e ainda dá dicas específicas para guardar nomes

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Você é boa em gravar nomes? E datas? Diariamente, você recebe de todos os lados um enorme volume de informações. É até natural não lembrar muitas delas, o problema é que esse “tráfego”, aliado à rotina pessoal, gera muito estresse. Ele é um dos principais causadores da falha na memória, o que tem comprometido agendas pessoais e profissionais. Sendo assim,  conheça algumas técnicas que vão te ajudar a manter seus lembretes na cabeça e em dia.
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A leitura, que pode ser de livros, jornais ou na internet, é uma das melhores maneiras de manter o cérebro em atividade. Foto: Igor Mojzes / Thinkstock

Entendendo a máquina

A gravação de uma memória passa por três etapas: “aquisição (quando você agrega valor emocional), consolidação (feita durante o sono) e evocação (quando você tenta buscar aquilo que está ‘guardado’)”, explica o Dr. Ivan Okamoto, da Academia Brasileira de Neurologia. O cérebro é feito pra guardar, mas ele precisa de condições para trabalhar normalmente. Com as dicas a seguir, você consegue todas as ferramentas para não perder as memórias que já tem, gravar futuras e quem sabe, até resgatar algumas passadas. Olha só:
Cultive os amigos e a família. O ser humano não foi feito para viver sozinho e isolado. “Esse tipo de interatividade social é muito importante porque o cérebro cria formas de você ajudar e interagir com outras pessoas. Os isolados têm tendência a desenvolver problemas de memória”, salienta o Dr. Ivan.
Alimente-se corretamente. Isso mesmo: vida saudável e dieta equilibrada são alguns dos pilares da boa memória. “Invista em castanhas, peixes, verduras coloridas, alimentos ricos em ômega 3”, recomenda Okamoto.
Durma bem. Cuide do seu sono. Segundo o neurologista, é durante ele que acontece a consolidação das memórias. Quando desregulado, seu cérebro vira alvo fácil para a falta concentração e até depressão.
Mantenha o cérebro em atividade. Para melhorar sua capacidade de reter informações, “faça testes de atenção, de velocidade de processamento e de resposta. Você os encontra em clínicas, na internet e em neuropsicólogos”, diz o médico. Ler livros, jornais, notícias, etc., também são um ótimo jeito de não deixar sua “máquina” enferrujar.
Exercite-se. Atividade física deve ser sistemática, ou seja, pelo menos três vezes por semana. Ir um dia e faltar quatro para depois se mexer nos próximos dois não levará você a lugar algum. “Dê preferência aos aeróbicos, que elevam a frequência cardíaca”, sugere o profissional.
Com essas técnicas, você consegue memorizar, de modo organizado, o que quiser e precisar, tanto para o bem quanto para o mal (cuidado, hein?). Dr. Okamoto lembra: “o cérebro nasce preparado, tudo que você tem que fazer é não atrapalhá-lo”.

Fazer associações entre pessoas e características específicas ajudam você a não esquecer o nome delas. Foto:  Brand X Pictures / Thinkstock
Grave essas dicas
- O estresse e ansiedade são grandes vilões de uma mente saudável. “sob efeito deles, as pessoas não lembram de nada porque ficam distraídas, e não dão o valor emocional necessário para que a informação fique retida. É imprescindível que você procure meios de aliviar esses pontos de pressão. Tirar um tempo para você é uma solução”, orienta o neurologista.
- Para não esquecer nomes, “associe à pessoa a alguma característica, positiva ou negativa. Isso deixa mais fácil gravar o nome dela”, afirma o médico.
- Hipertensão, diabetes e tabagismo podem afetar, e muito, o cérebro. São doenças que comprometem a memória. Previna-se, cuide da sua saúde. “Álcool, drogas e algumas medicações, como remédio para dormir também são extremamente nocivos”, alerta Okamoto.
- Siga as orientações acima como um estilo de vida. Se você interrompe o processo de benefício ao cérebro, você para de alimentar a memória, e quando vai buscar, perceberá que sequer a guardou.