Oito hábitos comuns que prejudicam a saúde íntima sem que você perceba Calças apertadas, absorventes diários e até maneira de lavar a calcinha podem causar vulvovaginites
Uma calça jeans colada, um lencinho umedecido ou até uma calcinha bonita são só alguns dos itens comuns do dia a dia que parecem inofensivos, mas que podem acabar com a sua saúde intima. Com a chegada do calor intenso as vaginites se tornam um problema comum e é preciso ficar de olho nos hábitos que aumentam ainda mais suas ocorrências sem que você perceba.
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Antes de saber o que mudar no cotidiano é preciso entender porque as vaginites surgem e como elas podem afetar a sua saúde. “As bactérias e fungos fazem parte da flora normal de uma mulher que está saudável, mas quando ocorrem alterações no Ph elas aumentam muito e isso causa as infecções. Caso esteja com uma infecção você deve procurar o seu ginecologista, porque se não for resolvida pode resultar em uma ainda maior e até o entupimento das tubas, que resultam na infertilidade”, alerta a ginecologista e obstetra Mariana Halla, do Hospital e Maternidade São Luiz.
Mas, afinal, como se reconhece uma doença vaginal? “A vagina é úmida e deve ser assim, então muitas secreções são fisiológicas. Quando elas têm coloração amarelada ou esverdeada, ou mesmo mau cheiro e dão coceira, pode ter certeza de que tem alguma coisa errada”, diz.
Calça jeans apertada
O jeans skinny é um dos grandes favoritos das mulheres, assim como a legging, mesmo quando o tempo está quente, o que é um grande erro. “O jeans abafa muito e a região já tem uma flora bacteriana e fungica muito grande, que precisa estar estável. Se você abafa, favorece a proliferação desses microrganismos, que vão alterar o Ph do local e gerar uma infecção”, conta.
Lavagem das calcinhas
Calcinhas devem sempre secar ao sol. Foto: tracy tucker/iStock
Acredite, a maneira como você lava e seca sua calcinha também interfere na saúde da região e quando isso é feito da maneira errada é possível desencadear uma alergia bastante incômoda: “as calcinhas não devem ser lavadas no box, porque o banheiro é abafado e podem crescer microrganismos. Prefira produtos próprios para higienizá-las ou sabão de coco, que não ficam no tecido como o sabão em pó e não dão alergias de repetição. Seque sempre ao sol, ou passe a ferro para reduzir um pouco os microrganismos locais”.
Calcinhas de material sintético
Materiais como o elastano estão presentes em muitas calcinhas, e chamam a atenção tanto pela beleza das peças, como pelo conforto. No entanto, não se engane, elas não são a melhor opção: “Com as calcinhas muito apertadas você tem a mesma situação do jeans e os tecidos sintéticos podem causar irritação, que tira a barreira de defesa e desencadeiam alergias no local. Prefira as de algodão e também dormir sem calcinha para deixar a região respirar”.
Absorventes diários
Por mais que os absorventes diários existam aos montes nas lojas os ginecologistas não costumam aprovar seu uso, isso porque são grandes proliferadores de bactérias e fungos. “Ele faz o mesmo processo de abafar dos itens que listamos acima, se você tivesse ventilação na área manteria uma barreira de proteção, mas o fungo gosta de local abafado. Eles só devem ser usados por mulheres que tem uma menstruação muito irregular”, garante.
Sabonetes comuns
“A maioria dos sabonetes comuns contém PH alcalino e o da vulva é mais acido, então é preferível usar os íntimos que possuem esse mesmo PH da região”, revela Mariana. Porém, se você usa o comum e não tem problemas, basta tomar alguns cuidados. “Tem mulheres que se adaptam muito bem ao sabonete, mas elas não devem deixar a espuma por muito tempo, devem lavar com água em abundância e secar muito bem. Entre os melhores estão os neutros ou de glicerina”, completa.
Biquíni molhado
Biquínis molhados favorecem a proliferação de bactérias e fungos. Foto: iStock
Você resolve tomar um banho de mar ou piscina e depois permanece um longo tempo com ele, sem nem notar o perigo que existe nessa peça. O ideal é que nunca permaneça com o biquíni molhado, trocando caso não seque rapidamente. “Janeiro é o campeão de vulvovaginites, principalmente porque as pessoas ficam com ele molhado por muito tempo e isso prolifera não só os fungos como também as bactérias, é calor e umidade”, esclarece.
Lenços perfumados
Outro produto que aparece muito nas prateleiras dos mercados é o lenço perfumado para a região intima, mas, apesar do cheirinho agradável, ele não deve fazer parte da sua rotina. “Você deve evitar, a não ser em uma situação ou outra que considere uma emergência, porque eles podem dar irritação local”, expõe.
Higienização incorreta
A higienização incorreta é mais frequente do que as pessoas imaginam, e pode acontecer principalmente na hora de usar o banheiro e após o sexo. “A maneira correta de limpar é sempre de frente para trás, para que as bactérias do trato intestinal não sejam transportadas para o canal urinário e causem uma infecção urinária. Após a relação sexual tome um banho, porque quando você transpira durante o sexo essas mesmas bactérias também podem migrar”, finaliza.
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